2007/02/09

Googl

Pois bem, mais uma vez a demora para dar a minha presença. Desta vez demorei mais de uma semana. Como posso esperar conquistar leitores para estas loucas linhas? Não, falta de assunto não vale como argumento. Já prometi visitar vários assuntos, nos posts passados, e se até agora não os coloquei pra jogo foi por pura e simples falta de organização pessoal.

É, meu tempo anda muito mal gestado. Na verdade estou louco para arrumar tempo para ganhar tempo; explico. Há algum tempo que estou procurando uma janela de tempo (sabe, aquelas em que você se dedica calmamente, por diletantismo, para aprender coisas novas, sem ficar pensando no trabalho que está sendo deixado para trás, os prazos que vão sendo jogados para frente...) para me dedicar, ou melhor, me re-dedicar ao aprendizado de técnicas para o trabalho eficiente.

Este é um dos meus assuntos favoritos, desde 86. Nesse ano eu conheci o Luis Carlos (onde andará? alguém um dia, lendo estas linhas, souber de quem estou falando: sabe dele?). Ele apareceu na sala de aula um dia (eu cursava a sexta série) e disse uma coisa que não me escapa da cabeça. Algo assim:

"Se você quiser construir uma casa você deve aprender como fazer isso: quais são as ferramentas, quais são as partes que compõem a casa - estrutura, fundação, tijolos, materiais -, quais são as técnicas e materiais disponíveis, como equacionar a energia e o tempo disponíveis... Da mesma maneira, se quiseres ser um estudante terás que antes de pôr-se diante de livros e cadernos aprender como utilizá-los com eficiência."

Eu topei fazer o curso que ele estava ministrando (CAPTE era a sigla. Agora não estou lembrando a tradução dela. Assim que recuperar essa lembrança venho aqui atualizar este post.). Neste curso aprendemos que existem três formas de leitura: a leitura linear e imaginativa - aquela que as pessoas fazem normalmente quando lêem um romance, por exemplo, mas que é usada pela maioria das pessoas para ler todo e qualquer tipo de texto; a leitura dinâmica, usada para leitura de material informativo (jornais, revistas etc..), na qual aprendemos técnicas para aperfeiçoar a visão periférica, treinamentos para acelerar a quantidade de saltos de olhos por linha... até chegarmos a um só salto de olhos por linha... E, por fim a Leitura Analítica, na qual lemos com a intenção de transformar um discurso linear em um sistema (esquemas, diagramas, grafos) de compreensão da estrutura de idéias que conformam o argumento de um texto.

De lá pra cá sempre me interessei por tudo que diz respeito à metodologia de trabalho, organização pessoal, bons hábitos intelectuais, sistemas de fichinhas de papel... Cheguei a compor um diagrama de 2 metros quadrados contendo chaves, colchetes, sinais, palavras-chave, para o estudo da constituição e outras leis, quando eu tentava concursos públicos (é, tou fora, não porque seja difícil passar, passei em três e desisti de todos antes de assumir... outro assunto, outro post).

... engraçado que eu ia começar essa conversa toda para ir numa direção e sem querer, na total e irrestrita improvisação, acabei dando em águas que eu não queria chegar a aprofundar hoje. Ficam aí essas sementes derramadas sem-querer nas águas desse oceano. Quem as ler terá inoculado os rudimentos de idéias que virei a desdobrar aqui nessa minha lousa.

Ah, sim, Googl... eu queria falar disso. É, por falta de organização de tempo fiquei com a corda no pescoço em relação aos prazos para aquele trabalho no Gama, mencionado há 9 dias. Daí, mais uma vez, a postagem que eu estava preparando continuou na geladeira e não rolou de cozinhar pra hoje. E, pra manter a disciplina de não ficar muito tempo sem vir aqui, peguei esse assunto:

Certa vez, isso no final da década de trinta, um professor da universidade de Columbia chamado Edward Kasner resolveu uma maneira interessante de fazer com que seu sobrinho de 8 anos compreendesse a diferença entre um número infinito e um número finito: apresentou-lhe o número 10100

(10,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000
,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000,000
,000,000,000,000,000,000,000,000) - para saber mais a respeito

e perguntou ao garoto, "que nome darias para um número assim tão grande"? Ele respondeu algo como: "googl". Pelo menos essa foi a grafia que Kasner utilizou quando relatou o fato em seu livro "Matemática e Imaginação".

Anos depois, já no final da década de 90, uns amigos sentados numa sala discutindo que nome dar ao mecanismo de busca que eles haviam criado e estavam prestes a colocar no ar...
...
...(essa história continua, mas tem fim)

Aparentemente sem relação com o que foi dito até agora:
Hoje andei dando uma pesquisada e encontrei algumas coisas que estão me fazendo começar a quebrar a cabeça: como vou fazer com aquele giga e meio de emails? Baixar tudo pelo pop? Como vou identificar os emails repetidos? Como vou organizar toda essa bagunça? Bem, o fato é que já vivi algumas situações bem desagradáveis com o Gmail - por três vezes tive a infelicidade de não conseguir acessar minha conta por um período igual ou superior a 24 horas....

Cavucando por aí encontrei alguns links intressantes sobre o GG

hotmail vs gmail
Não seja...Diabólico?
Gmail Privacy FAQ
http://www.gmail-is-too-creepy.com/
mom-google-ate-my-gmail

wiki/Google : Criticism_and_controversy

Parece cuspir no prato em que como.
Mas quer saber, vou recolhendo meus talheres e saindo à francesa. Não é tarefa fácil, especialmente quando se trata de uma operação-arca-de-noé de meus dados pessoais.

Alguma sugestão sobre como fazer para por ordem numa multidão de emails?
Como decidir sobre o que descartar e o que guardar?
... haja tempo !

No mais, todo comentário é bem vindo (é, essa é a parte mais gostosa, sem dúvida, desse ofício de "blogar".)



3 comentários:

lavignia ocarro disse...

eu tava crente que você faria uma exposição das aulas do Luis Carlos, toda curiosíssima fiquei enquanto você vi-a-ja-va velozmente por outros picos...

a obs 2 é que esse treco é tão cheio de "surpreendências" que a caixa de comentário sabe o meu nome antes de eu decidir dizer. super "deda dura".

cara, agora não fico mais falando "escreva, escreva", vou ficar no "continue, continue, voltemos à linha (toda linha é linear?) de raciocínio"...

vou lendo e vendo/ouvindo você falando pessoalmente!

;)

Anônimo disse...

alo marcello,
c já pensou em escrever para o overmundo? fala com o duende.
abraço,
murilo

Marcello Pedroso disse...

Ainda não pensei, porque estou desenferrujando-me, aquecendo-me, por aqui. Mas já venho trocando altas idéias com o nosso verde amigo sobre o Overmundo.

Valeu :)