Desde que me dei conta que tudo não passava de um joguinho de cartas marcadas muito do sem vergonha, de que todo esse papo era absolutamente vazio, vazio porque de fato não vai a lugar nenhum e não tem objetivo algum, porque não é relevante de maneira nenhuma, eu disse, e digo, de coração:
Não é a pólis a salvação, mas o sintoma mais óbvio de nossa degradação.
Fodeu para todo mundo (perdoe o vocabulário. Mais um motivo para escrever só uma vez sobre isso), mesmo, e não adianta espernear. Vamos nos acostumando com o fato de que quando nossos ancestrais de pouco tempo atrás inventaram de viver aglomerados e de quebra perder o manual de instruções da espécie, fizeram uma grande merda, e depois jogaram tudo no ventilador, e hoje continuamos achando que o problema é o tipo de merda que está sendo jogado na nossa cara.
Eu sou do tipo de pessoa que advoga pela idéia aparentemente absurda de desligar o ventilador da tomada e começar logo a recolher o cocô com as mãos pra fazer um monte de adubo prum novo começo no nosso sítio.
Sítio, não vou falar de fazenda não, porque fazenda é uma sem-vergonhice tremenda.
Quem tem fazenda não faz nada, bota uns coitados pra trabalhar no lugar e fica dizendo que é dono daquele pedaço de chão cercado. Então, País também é uma ilusão idiota e sem sentido.
Tá vendo, tudo é bem simples, pra gente como eu, que gosta de cuidar de coisas mais complexas e líricas.
Em resumo, eu não apóio e não apoiarei nenhum partido político, nunca, e passarei o resto da minha vida fazendo exatamente o que estou fazendo agora: dizendo pras pessoas, ensinando a cada pessoa que encontro, com todo carinho e consideração, a ver que o melhor que podemos fazer em relação à política é deixá-la lá esquecida no limbo de suas próprias comiserações esquisofrênicas e megalomaníacas, tirar-lhe todo e qualquer traço de relevância, coisa ignóbil.
Não perca seu tempo: nada do que eles dizem ou dizem que fazem é importante.
Bando de palhaços, esqueça-os. Ocupemos-nos de coisas mais importantes. Que coisas ? Hum, este post é sobre política, não sobre as soluções para ela. Na verdade, eu poderia dizer que meus planos em relação ao SintropiaEspontânea são bem esses: oferecer soluções, refletir e incitar novos caminhos, alternativas para este mal que de mim só merecerá esse único post doidão catártico.
Mas, aproveitando o espaço que foi criado para falar sobre a meretriz, digamos que eu até poderia levá-la a sério se ela se parecesse com uma coisa séria.
Assim seria, se as coisas fossem assim:
- Para ser elegível o cidadão deveria prestar algum tipo de exame público que comprovaria capacidades mínimas requeridas para gerir as coisas públicas.
- Os candidatos que se utilizassem de marketing de qualquer tipo, do barato ao caro, deveriam ser alvo de chacota pública, alvo de tomate e motivo para tratarmos disso como comédia. Campanha política que passa por criação de memes, musiquinha imbecil, foto colorida beijando criança, e todo tipo de palhaçada feita para desviar sua atenção de propostas concretas, não passam da mais franca confissão de que é tudo uma questão de mercado, hoje em dia. Em que marca você vota para te governar ?
- Voto obrigatório só para parlamentares. Faltou o trabalho deve ser punido.
Os cidadãos que votam deveriam ser somente aqueles que realmente se interessassem em participar.
- Voto facultado para analfabetos ? Nem pra quem só fez o primeiro grau !
Na real, que forma mais canhestra de admitir que não vai dar educação de qualidade pra todo mundo, hein seu político babaca !?
- Salário de político: deveria ser dado na forma de contribuição voluntária por parte da população supostamente beneficiada pela administração oferecida por ele. Algo como uma caixinha na porta da prefeitura, ou aqueles links de "apóie nosso governo, contribua com o ordenado do seu parlamentar".
... enfim, eu poderia passar horas aqui tecendo estas que para mim são obviedades (embora escritas no calor do nojo e revolta que acumulei ao longo do tempo para escarrar aqui). Mas não vou perder meu tempo, nem desperdiçar espaço no blog com isso. A depender dos comentários evoluímos esta conversa em particular a partir de algum ponto razoavelmente mais nobre que esta raiz nefasta.
Como disse, escrevi este por desencargo, para constar minha posição a-posicional.
Chega de partidos, eu quero a vida comum por inteiro !
O não pode ser um ponto de partida.
A partir de agora, o SIM.
PS: ah, o futebol. Gosto de assistir a copa do mundo, e é só.